"O Comitê Impulsor do Movimento He For She (Eles por Elas) em Rio Grande aproveitou o espaço da 45ª Feira do Livro da FURG na noite da última terça (30) para realizar na Arena Cultural um debate aberto, amplo e plural sobre a busca por igualdade de gênero e o combate à violência contra a mulher na sociedade.

A roda de conversa, mediada pela coordenadora de Políticas Públicas para Mulheres, Maria de Lourdes Lose, contou com a participação da mulher trans e acadêmica de Psicologia, Francine Amorin, do técnico-administrativo da FURG, Eduardo Carvalho, do professor de Direito da FURG e advogado militante do Centro de Referência em Direitos Humanos, Hector Cury, da assessora pedagógicas das Relações Étnico Raciais da SMEd, professora Ingrid Costa, da reitora da Universidade, Cleuza Dias, e do pró-reitor de Extensão e Cultura, Daniel Prado. Em comum todos os convidados, de alguma forma, são militantes de questões de igualdade social em seus contextos de atuação.

A coordenadora de Políticas Públicas para Mulheres abriu os trabalhos da noite apresentando os dados do crescimento no número de violência contra mulheres registrados no Rio Grande do Sul nos últimos dois anos.

“Em 2016, 1574 mulheres foram estupradas no estado, 96 feminicídios foram consumados e 263 foram tentados. Em 2017, 1661 mulheres sofreram estupro, outras 83 foram assassinadas e mais 324 tentativas foram registradas. São sim dados alarmantes e que precisam ser conhecidos por todos. O que nós queremos hoje aqui, com essa mesa composta em 50% por homens e 50% por mulheres, é proporcionar o debate plural, envolver todos e todas, sobretudo os jovens, na construção da igualdade de gênero e no combate à violência contra a mulher”, disse Maria de Lourdes.

Fazendo a leitura de seu papel enquanto homem, hétero e cis na sociedade, Hector Cury aproveitou a oportunidade para destacar três maneiras de contribuir com a discussão que considera fundamentais: reconhecer a existência da discriminação de gênero; lutar contra essa discriminação; e aprender a calar. “Ouvir mais as mulheres e falar menos também é um papel que temos muita dificuldade de cumprir. Por isso que vim aqui muito mais para ouvir do que para falar. Eu quero aprender”, disse o professor. Ingrid Costa, Francine da Veiga e Cleuza Dias deram seus depoimentos sobre o ser mulher, por perspectivas que constituem suas identidades de mulher negra, de mulher transexual e de mulher gestora, respectivamente."

Fonte: Assessoria de Comunicação PMRG

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